domingo, 24 de outubro de 2010

Pesquisa do Sipam analisa a Sustentabilidade da Exploração de Recursos Minerais

                                                 (local da extração de árgila)

Verificar de que forma é processada a matéria prima (argila) para a confecção de materiais de uso na construção civil, principalmente tijolo e telha, nos municípios de Iranduba e Manacapuru e analisar o que tem sido feito nas áreas exploradas foi o objetivo do estudo “Análise da Sustentabilidade da Exploração dos Recursos Minerais de Uso na Construção Civil na Região de Iranduba e Manacapuru”, realizado pelo Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAIC) 2009/2010 do Centro Regional do Sipam em Manaus em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam).
De acordo com a coordenadora do programa no Sipam Solange Costa, a pesquisa foi realizada em duas etapas, a análise das imagens do satélite LandSat TM 5 e a ida a campo para a comprovação das feições observadas por meio das imagens. “O trabalho teve um resultado extremamente positivo, pois quando fomos a campo verificamos que as áreas de extração da argila estão sendo reutilizadas para outros fins, entre eles a criação de peixes, isso é muito bom porque antes, aquelas grandes cavas onde era extraída a argila, ficavam abandonadas servindo apenas para a criação de vetores”, disse. Outra observação feita no estudo foi à forma de extração da argila, que hoje é verticalizada. “Na extração horizontalizada era preciso desmatar uma grande área para extrair, agora com a verticalização, além de diminuir a área de desmate, é possível ainda obter uma matéria prima de melhor qualidade”, afirmou Solange.
Para a bolsista que trabalhou no projeto, Suzy Xavier Costa, a realização da pesquisa foi proveitosa, principalmente porque, por meio do estado, foi possível perceber o quanto o setor oleiro vem buscando alternativas ao longo dos anos para minimizar ao máximo os danos ao meio ambiente. “O levantamento de campo permitiu constatarmos a realidade das imagens de satélite. Os resultados obtidos permitiram a observação da dinâmica da paisagem e o aprimoramento em implementos tecnológicos para ajudar no equilíbrio do meio ambiente. Em cada olaria visitada notamos que a atividade primava pelo equilíbrio entre o melhor aproveitamento que a natureza poderia fornecer para uma boa produção. E, dentro deste contexto, notamos que através da união do setor permite a criação de novas alternativas em beneficio da sociedade”, disse Suzy.
O estudo permitiu ainda observar que para a queima do produto final são utilizadas serragens, resíduos descartados pelo Pólo Industrial de Manaus e pelos hotéis de selva próximos aos municípios, ao contrário de antigamente quando eram derrubadas árvores para utilização no processo de queima.
A região também é objeto de pesquisa da Fapeam e Embrapa, que atualmente realizam um estudo com a plantação de Acácias para o reflorestamento e utilização na queima do tijolo e telha.
Solange informou ainda que os resultados do estudo serão apresentados, no mês de novembro, aos empresários das olarias visitadas.
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